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"O melhor ainda não foi escrito.
O melhor está nas entrelinhas."
(Clarice Lispector)
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O verso que busco, incessante, é aquele que não escrevi.
Verso não escrito, e por conseqüência, não lido, é verso que desconheço.
............Se não sei o que procuro, nunca o poderei encontrar.
Por vezes, leio um verso alheio e tenho a sensação de que ali estava ele,
escrito por outro, perdido para sempre.
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Em outras, quase que o reconheço em novos
– ou antigos – versos meus,
mas a impressão logo se desfaz
e retomo a busca.
É a busca que me faz tanto ler e escrever,
e estes quase-encontros-com-o-verso-perfeito
são o que dão cor a cada palavra,
que me fazem ansiar pela próxima frase.
O meu maior medo é encontrá-lo um dia.
– ou antigos – versos meus,
mas a impressão logo se desfaz
e retomo a busca.
É a busca que me faz tanto ler e escrever,
e estes quase-encontros-com-o-verso-perfeito
são o que dão cor a cada palavra,
que me fazem ansiar pela próxima frase.
O meu maior medo é encontrá-lo um dia.
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........................................................Tenho pavor de ser feliz.
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Um comentário:
"e o verso a cada noite se fazendo
de sua sábia ausência" (hilda hilst)
"feliz serve pra quê?" (Macabéa)
"- o que eu faço quando acho o que busco? o que faço de ser feliz?
- [aproveite...]" (d.)
"a poesia se faz da tentativa de dizer o indizível e não diz já dizendo" (d.c.)
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